terça-feira, 13 de maio de 2014

Diário do Fundo do Mar I: Células

Alguns dias atrás aconteceu a primeira apresentação de modelos tridimensionais pelo EMANE. O primeiro modelo foi referente às células. Foram utilizados um modelo de célula animal e outro de célula vegetal, e uma bactéria. Estes materiais foram confeccionados por um aluno do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Sergipe e cedido pela professora Yana Teixeira dos Reis, responsável pela disciplina Biologia do Desenvolvimento. 


A bactéria foi toda confeccionada em biscuit, enquanto as células animal e vegetal foram feitas com bolas de isopor (o núcleo e os lisossomos), E.V.A. (retículo endoplasmático, ribossomos, mitocôndrias, complexo Golgiense e membrana plasmática, além do vacúolo e dos cloroplastos na célula vegetal), bola de ping-pong contadas ao meio (peroxissomos), canudinhos (centríolos na célula animal) e papelão (parede celular). Além destes materiais, foram utilizados tintas para colorir as bolas de isopor, cola para E.V.A., e para isopor, arame para deixar a membrana da célula animal mais rígida, plástico cortado em tiras, para representar o citosol, tesoura, pincéis e estiletes. 





O objetivo desta primeira aula foi mostrar a turma do 7º ano do Ensino Fundamental, as diferenças que haviam entre células procariontes e eucariontes. 
Chegando na sala, os alunos já ficaram bastante curiosos por verem os modelos de aproximadamente 60 centímetros de comprimentos de uma célula, enquanto só tinham visto por imagens apresentadas no livro didático. Mas não foi só o tamanho que chamou a atenção destes jovens, mas sim a estrutura do modelo em si. Por isso, ficavam com olhares fixos, atenciosos e ansiosos para ver todas as três células. A reação dos alunos permaneceu assim durante toda a apresentação. 



Um dos acontecimentos mais chamativos é que no primeiro dia de realização do projeto na escola, onde ocorreu a apresentação de todos envolvidos no EMANE e seu objetivo, quando questionados se gostavam de Ciências a maioria da turma respondeu “não!”. No entanto, não foi isso que se viu ao apresentar estes modelos. A observação é um dos dons do cientista e eles, alunos que disseram não gostar de ciências, analisaram atenciosamente as exatas diferenças entre cada tipo de célula e questionavam fatos bem curiosos, dignos de cientistas mirins. 
Logo, percebe-se que a ciência que eles conhecem e dizem não gostar é aquela apegada ao livro e só a ele. Mesmo assim, a professora regente busca meios para retirar do cotidiano tudo o que é útil referente ao conteúdo dado em sala de aula. Assim, o aluno já investiga a sua vivência, tornando-se um pequeno cientista.


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